28 de fevereiro de 2009

Computador do Professor - compensa???


Todos já estão comentando que o preço do computador portátil oferecido pelo governo aos professores não é compensador. Eu avisei, não avisei? Está certo que muitos professores são leigos no assunto, e pra eles qualquer coisa serve, já que estão apenas se iniciando nesse mundo digital. Então seria aconselhável seguir o conselho de quem já é experto! Primeiramente, é preciso avaliar se quem pretende apenas aprender a lidar com as novas tecnologias realmente necessita de um computador portátil. Vai fazer o que com ele? A portabilidade é tão importante assim? Pois um micro de mesa é muito mais barato e tem inúmeras vantagens. Ao pé da letra, a portabilidade é a ÚNICA vantagem de um laptop… Outro detalhe é que a grande maioria dos usuários de computadores pessoais ainda prefere o sistema operacional Windows XP, que normalmente sai de graça, ao passo que o notebook já vem com o Windows Vista, mais recente e cheio de problemas ainda não solucionados, e que custa R$600,00, conforme informado no próprio sítio da Secretaria. Além de tudo isso, a configuração é bastante duvidosa. Não se deixem iludir pelos 2 gigabytes de memória RAM, HD de 160 gigabytes e gravador de DVD. Isso aí qualquer laptop tem. O que influencia decisivamente no preço do equipamento é o processador, e este não é nem sequer informado claramente. Sabemos que é um “processador de núcleo duplo arquitetura x86, tamanho de memória cache interno L2 (integrada) de 1MB e suporte à memória RAM DDR2 SDRAM 667 Mhz (PC5300)”, mas que diabo de processador é esse? Pra que enrolar tanto? Por que não divulgam logo a marca e o modelo? Isso não me cheira bem, tenho a impressão de que estão tentando me passar a perna. Eu, pelo menos, jamais compraria um “negócio desses” em nenhuma loja…
Uma das desvantagens de um computador portátil é que não é aconselhável mexer na sua configuração, pois quando ele é aberto, perde a garantia. No último programa de inclusão digital do professor, quando foram liberados R$ 1.000,00 para aquisição de um computador de mesa, o professor podia escolher na loja a configuração que quisesse. O governo dava os mil reais e o professor arcava com o restante, fosse à vista ou por meio de financiamento. Mas escolhia exatamente a configuração que queria. O notebook vem padronizado, não permitindo que se escolha um processador melhor ou uma maior capacidade de memória, por exemplo.
As empresas escolhidas que venceram as licitações foram a Positivo Informática e a Brasoftware, que fornecerão, respectivamente, o hardware e o software. E, sim, vocês só ouvirão falar mal da Positivo.
O pior de tudo é que o preço final ainda vai ser dado em função do número de professores que confirmarem a compra, o que só se dará após o Edital de Chamamento Público que será feito pela Caixa Nostra a partir de 16 de março, e, como muitos já estão desistindo, com certeza o preço será bem maior que o estimado de 1.738 mangos. Ainda estou achando que até as Casas Bahia conseguiriam uma promoção melhor!

2 comentários:

Anônimo disse...

Estou de apoio a critica sobre a falta de informações quanto ao lap top que está sendo "oferecido" aos professores! Não estão claras e não me sinto a vontade em comprar um produto sobre o qual não temos liberdade de configurar de acordo com nossa preferência, necessidade e ainda por cima fornecido por uma empresa que ganhou uma licitação (que sabemos, como muito acontece em nossas escolas, leva em conta apenas o preço e não a qualidade do equipamento!Aí a dor de cabeça vem depois...) Seria mais sensato por parte do poder público oferecer esse financiamento de computadores com uma liberdade que, ao que parece, foi dada anteriormente para a aquisição destes.

Karla Isabel de Souza disse...

Quero comentar sobre o uso do 'vista'. Se trata de um aplicativo que exige muito do processador e de memória RAM, ou seja, com essa configuração (as poucas que estão claras) será um equipamento lento e outros recursos ficarão prejudicados!

Ainda gostaria de comentar sobre o espaço: gostei da iniciativa!!!