12 de julho de 2011

Alckmin corta férias dos professores


Mesmo correndo o risco de reforçar o velho estereótipo do professor de Português que, na falta de uma aula mais bem preparada, prefere enrolar os alunos no primeiro dia de aula pedindo que escrevam uma redação com o tema “minhas férias”, preciso dedicar algumas palavras aos recentes acontecimentos. Afinal, a política tucana não dá trégua: pois não é que logo no primeiro dia de recesso escolar o professor recebeu a excitante notícia de que as férias de janeiro foram cortadas pela metade? Isso que é jeito animado de começar as férias! Sem falar na tensão de ter de prestar uma provinha de “Promoção pelo Mérito” que acontece na data de hoje, mas tá certo que esta é apenas para poucos e heroicos privilegiados…

De acordo com a resolução SE 44, as férias do professor serão divididas em dois períodos de 15 dias: de 1 a 15 de janeiro e de 1 a 15 de julho. Os últimos dias desses meses serão reservados para... adivinha! Claro, atividades de planejamento. E ai de quem faltar! Não vai ter direito de prestar provinha de mérito, nem de pedir remoção, por supuesto...

Mas o professor reclama de barriga cheia... Quase metade dos professores nem vai sentir diferença, porque os temporários, como todos sabem, já são demitidos no final do ano e recontratados posteriormente, para não onerar os abatidos cofres públicos com suas nababescas férias. O excelentíssimo governador Geraldo Alckmin dá continuidade, assim, à política tucana de seus antecessores, minando de quando em quando os privilégios dessa classe que só sabe reclamar... Tá certo! Tem que colocar esses professores na linha mesmo! Quem sabe assim eles não aprendem até a votar? De minha parte, faço votos!



7 comentários:

Oswaldo (Duco) disse...

Ohhh massacre diário de cada dia! O pior é conviver com professores que votaram no PSDB!

Oswaldo (Duco) disse...

O pior é trabalhar com professores que votaram no PSDB!
Professor que vota no PSDB tem que apanhar no coreto, em plena praça pública!

Andy disse...

Todo trabalhador brasileiro tem 30 dias de férias por ano, porque diabos professores deveriam ter mais férias? Vcs são gente diferenciada, é isso?

Afffffffffffffff...

Mauro Bartolomeu disse...

Caro Andy, não pretendo entrar nessa discussão do status do professor, que é, sim, diferenciado em todos os países civilizados do mundo. O caso é que todo trabalhador brasileiro também pode decidir quando desfrutar das suas férias, e o professor, com essa nova resolução, não vai mais poder nem sequer ter 30 dias de férias contínuas. Há bastante tempo que o professor brasileiro não luta mais por privilégios, mas apenas por alguma dignidade.

janete costa de andrade disse...

Oswaldo o pior não é quem votou em determinado partido, pois uma boa maioria de nossos governantes não estão comprometidos com o bem da nossa nação, o triste é o nosso povo que fica ouvindo barbaridades todos os dias no noticiario e não faz nada, outros paises, o povo sai nas ruas, exige, faz um aue!! e tudo acontece! Isso é muito triste, falam de melhor a educação, mas esta medida ira aumentar a frustração, o desinteresse que já existe nesta profissão.

Nana Freire disse...

São trabalhadores diferenciados sim, é isso que mostra a politica educaconal em nosso país. O exercício dessa profissão exige demais sem nenhum apoio eficiente. Educadores lidam todos os dias com os mais diferenciados problemas dentro de um quadrado e nem um apoio psicologico têm, pois o Iamsp nem sempre funciona como deveria funcionar principalmente em algumas cidades que nem médico credenciado tem, é um absurdo.

Mauro Bartolomeu disse...

Lembrando, aliás, que a obrigatoriedade do vínculo com o Iamspe foi Maluf que fez!