Mais simples se quisermos viver

Por Luciano Alvarenga, via facebook

Durante os últimos 20 anos nos acostumamos com o discurso sedutor da felicidade e da realização profissional como parte dessa felicidadde.
Estudar, aprender línguas, inclusive as digitais, vestir a camisa, ser flexível, estudar para sempre, ser o melhor, se preparar, falar o idioma do século XXI, todos nós ouvimos este sermão nas faculdades, nas revistas semanais e especializadas, nos programas de TV e nos filmes de Hollywood.
Mas 20 anos depois a situação e a realidade não é exatamente aquela que descrevia os tais gurus da felicidade e da realização profissional. O mercado cada vez mais estreito para quem tem mais formação e diploma, praticamente os diplomados estão se acotovelando nas empresas.
Os jovens profissionais estão sendo esfolados vivos nas fábricas, escritórios e empresas. Trabalhando que nem loucos, estressados, ganhando por produção e por metas cumpridas, metas cada vez mais difíceis de serem batidas, o que vemos é que ninguém tem mais segurança e por mais que você trabalhe e seja ideal ninguém garante a vaga.
Pior de tudo é se ver depois de algum tempo com problemas de saúde de todos os tipos, relacionados ao trabalho desempenhado a exaustão, problemas como leer, lesão nas costas, problemas emocionais relativos as metas que precisam ser cumpridas, enfim, não é exatamente o sonho da realização profissional de que se falava.
Os professores públicos ou privados, ao lado dos policiais militares são o exemplo, não são os únicos, de uma realidade que abrange cada vez mais profissionais, sejam jornalistas, psicólogos, enfermeiros, médicos, tradutores, fisioterapeutas, a lista é imensa.
Cada vez mais trabalho, vida cada vez mais cara, e ganhos salariais cada vez mais deprimidos. Entre o sonho de uma vida boa de classe média e o tanto de esforço e luta para realizar isso o que percebemos é que talvez esteja na hora de começarmos a sonhar mais barato e vivermos de forma mais simples. Se quisermos resgatar uma vida mais feliz.

Cama de prego