2 de outubro de 2012

Governo do Distrito Federal não cumpre compromisso e professores podem realizar nova greve

Acordo determinava a discussão a partir de setembro do orçamento para construir as tabelas salariais que passarão a valer em 2013

Escrito por CUT-DF

No começo deste ano, os professores do ensino público do Distrito Federal deram um voto de confiança ao governo local e suspenderam o movimento grevista diante do compromisso de que o GDF, a partir de setembro, discutiria com a categoria o Orçamento para construir as tabelas salariais que passarão a valer em 2013. Entretanto, até agora, nada foi feito. Diante da inércia do governo local, o Sinpro-DF convocou os professores e realizou assembleia nesta quinta-feira (27) para dar início ao processo de organização da categoria que, diante da continuidade da inflexibilidade do GDF, poderá resultar em greve.

O governo chegou a chamar os dirigentes do Sinpro-DF para reunião nessa quarta-feira (26), entretanto o encontro não gerou resultados positivos para os professores. “Para a nossa surpresa, o secretário de Administração do GDF abriu a reunião fazendo um balanço dos pontos que foram conquistados por nós. Mas disse que ainda não havia um acordo interno para apresentar a proposta financeira”, relatou dirigente do Sinpro-DF, Rosilene Corrêa.

Durante o encontro com o Sinpro-DF, o GDF afirmou que no dia 3 de outubro realizará novo encontro com o Sindicato para, desta vez, apresentar a proposta financeira aos professores.

Como estratégia de ação para garantir o atendimento da pauta de reivindicação, a assembleia desta quinta-feira aprovou um calendário de mobilização, que inclui assembleias regionais de 9 a 23 de outubro e assembleia geral no dia 30 de outubro, às 14h30, na Praça do Buriti. Nos encontros será discutida a provável proposta do governo.

A principal luta dos professores é a isonomia salarial com outras categorias de nível superior do GDF. “Apesar de sermos uma categoria com quase 100% de trabalhadores com nível superior, nós estamos em 23º lugar de níveis salariais com relação às demais categorias do GDF. Tem várias categorias de servidores do GDF com apenas o nível médio que recebem salários iguais ou melhores que o nosso. Então nós achamos que isso é uma injustiça que tem que ser corrigida. Nenhum governo que diz ter compromisso social com a cidade, de erradicar pobreza, a violência, o analfabetismo, vai fazer isso se não valorizar a categoria de professores”, justifica a secretária de Formação da CUT-DF e dirigente do Sinpro-DF, Bernardete Diniz.

Além da isonomia salarial, os professores também pedem a implantação de plano de saúde e a criação de um projeto habitacional direcionado à categoria.

“Nós estamos indignados com a forma que o governo do DF vem tratando os professores. A Educação é uma questão estratégica para o progresso da sociedade. E, por isso, é necessário que a reivindicação da categoria seja atendida. Nós da CUT-DF estaremos presentes em todas as ações do Sinpro-DF para fortalecermos a luta dos professores”, afirmou o secretário de Administração e Finanças da CUT-DF, Julimar Roberto.

Atualmente, entre professores aposentados e da ativa, a categoria soma cerca de 50 mil trabalhadores no DF.

Fonte: CUT.org

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