Começou na segunda (4), o ano escolar da rede estadual de
Minas Gerais. O ano é novo, mas, os problemas se repetem.
Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de
Minas Gerais (Sind-UTE/MG), são muitos os problemas que tanto os
trabalhadores/as quando os alunos e a comunidade escolar terão de enfrentar.
As escolas, por exemplo, iniciam suas atividades sem que
tenham o quadro de profissionais completo. Segundo a coordenadora-geral do
Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, as designações para Auxiliar de Serviços da
Educação Básica não foram autorizadas na maioria das Superintendências
Regionais de Ensino. As designações para professores ocorreram sem respeitar a
regra da publicização das vagas com antecedência como na Superintendência
Metropolitana B em Belo Horizonte. Destaca ainda que a Secretaria insiste em
aumentar a carga horária do professor criando mais horas de exigência
curricular, principalmente, para os professores dos anos iniciais do ensino
fundamental. No Ensino Médio, o prometido coordenador para o projeto
“Reiventando o Ensino Médio”, ficou apenas na promessa e os Conservatórios de
Música continuam com um quadro de pessoal aquém das suas necessidades.
Aos professores que adoeceram em 2012 será exigida nova
perícia médica para a contratação em 2013. “No entanto, não há mais vagas para
agendamento de perícias antes do cronograma de designações”, alerta Beatriz
Cerqueira.
Em relação ao concurso público, cuja homologação foi
prometida para 30/10/2012 e posse para o início do ano letivo de 2013, somente
após muita cobrança do Sindicato, o governo mineiro publicou a homologação no
último dia 30. O Sind-UTE/MG continua cobrando a imediata nomeação dos
concursados, sem qualquer resposta da Secretaria de Estado da Educação (SEE). E
as vagas divulgadas no Edital do concurso estão sumindo do quadro das escolas e
Superintendências Regionais de Ensino.
Número insuficiente de servidores
O Sind-UTE/MG também faz outras denúncias que mostram a
dimensão do descaso do governo para com a educação em Minas. “Os alunos dos
anos iniciais tinham o direito de ter aulas de educação física com professor
habilitado na área, o que foi retirado pela Secretaria de Educação. O número de
servidores nas secretarias das escolas estaduais é insuficiente e diminui a
cada ano, fazendo com que um número cada vez menor de profissionais assuma,
mais demandas que sobrecarregam o seu dia a dia de trabalho”, afirma a
coordenadora-geral do Sindicato.
Desde novembro de 2012, o Sind-UTE/MG solicita uma reunião
com a Secretaria de Educação e de Planejamento e Gestão para discutir as
demandas da categoria, mas, nenhuma agenda foi confirmada até o momento.
Beatriz Cerqueira pondera que o Governo de Minas teve
tempo para se reunir com os presidentes de dois importantes times mineiros de
futebol, mas, não tem tempo para reunir e discutir a situação da educação,
apesar dos insistentes pedidos de reunião feitos pelo Sind-UTE/MG e dos
indicadores de acesso, permanência e qualidade da educação em Minas Gerais
prosseguem preocupantes. “Enquanto ele conversa sobre futebol, o caos na
educação mineira se instala”.
Em virtude dessa flagrante situação, o Sindicato faz alerta
de que a resposta a tudo isso precisa ser uma forte campanha salarial
educacional cujas manifestações de profissionais de todas as regiões do Estado
tenham como ponto de chegada a Copa das Confederações. Quem sabe assim, o
Governador ouça o grito de uma categoria cansada de desrespeito e desvalorização.
Fonte: CUT
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