11 de maio de 2013

SP: Professores encerram greve, mas pressão sobre o governo continua


Dirigentes da Apeoesp apontam avanços em assembleia que teve clima tenso


Após 19 dias de paralisação, os professores do estado de São Paulo decidiram em assembleia nesta sexta-feira (10) encerrar a greve da categoria.
Segundo o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), cerca de três mil trabalhadores reuniram-se no vão livre do MASP, na Avenida Paulista.
De acordo com o vice-presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Herman Voodrwald, acatou parte das reivindicações dos professores, especialmente em relação aos temporários, e firmou compromisso de não entregar à iniciativa privada o Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE).
“A greve será suspensa, mas manteremos um calendário de mobilizações. O governo aceitou acabar com as provas seletivas para que os professores possam ministrar aula, diminuir a duzentena - 200 dias em que o professor deve ficar fora da rede após o fim do contrato -  e permitir que os trabalhadores possam utilizar o Iamspe (Instituto de Assistência do Servidor do Estado). Ainda, ficou acertado que o Hospital do Servidor não será privatizado”, pontuou o dirigente.
Em relação às outras pautas econômicas – reposição salarial de 36,74% e reajuste imediato de 13,5% (sendo 5,5% refentes ao valor garantido por lei e que não foi pago no ano passado) –, o dirigente destacou que também houve conquistas, porém, ainda insuficientes.
“Já tínhamos garantidos 6% de reajuste por lei e o governo ofereceu mais 2%. Porém, não vamos abrir mão do que ainda nos deve do ano passado. Por isso a pressão sobre o governo vai continuar.”

Clima tenso e conflito
Os avanços destacados pelo dirigente, porém, não agradaram parte dos manifestantes que acompanhavam a assembleia.
Após a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebel, convocar a votação da continuidade da paralisação e anunciar a vitória do retorno às atividades e a manutenção do estado de alerta, um grupo insatisfeito passou a atirar garrafas e latas sobre o caminhão de som onde estava a direção da entidade.
“Não faz sentido nós termos 10% dos professores estudais em greve e mantermos a paralisação. Foi um resultado apertado, mas foi votado pela maioria”, explicou.


Bebel destacou ainda que o governo aceitou diminuir a  de 200 para 40 dias o tempo que o professor temporário deve permanecer fora do cargo após o término do contrato e o fim da avaliação pela qual passava após avaliação de qualidade determinada pela secretaria. 

A próxima reunião com a secretaria da Educação está marcada para a próxima quarta-feira (15).

Fonte: CUT 

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