Sem aceno de qualquer contraproposta por parte do governo
paulista, Apeoesp conclama professores a intensificarem as manifestações
Escrito por Apeoesp
A intransigência e a arrogância do Secretário da Educação
levaram os 18 mil professores presentes à assembleia estadual no Vão Livre do
MASP (Avenida Paulista), na tarde de sexta-feira, 3, a aprovar a continuidade
da greve. Os professores aprovaram ainda um calendário de mobilizações, que
prevê uma nova assembleia para o próximo dia 10 de maio (sexta-feira), no mesmo
local, a partir das 14 horas.
Até agora, o governo não acenou com qualquer contraproposta.
Por isso a Apeoesp esteve presente na terça-feira, 30 de abril, na Assembleia
Legislativa, quando participou da reunião do Colégio de Líderes. Os diretores
solicitaram a realização de uma audiência pública e a constituição de uma
comissão de parlamentares para abrir canal de negociação com o governador
Geraldo Alckmin.
Em todas as regiões vamos intensificar o trabalho de
convocação para a assembleia e de ampliação da nossa greve. É necessário
realizar comandos nas escolas em todos os dias da semana, combinados com
atividades regionais (panfletagens), diálogo com os pais e estudantes,
assembleias regionais.
A assembleia aprovou também moção pela destinação de 100%
dos royalties do petróleo e 50% dos rendimentos do Fundo Social do Pré-Sal
para a educação, que será encaminhada ao Senado Federal, Câmara dos Deputados,
Presidência da República, Ministério da Educação, Governador, Prefeitos,
Câmaras Municipais.
Aprovou ainda moção de repúdio aos dirigentes de ensino
autoritários, que perseguem professores e não respeitam o direito de greve,
citando os nomes dos dirigentes cujos nomes forem encaminhados até
segunda-feira às 17 horas para presiden@apeoesp.org.br.
Nas regiões, as subsedes devem denunciar também os diretores
de escolas autoritários, que praticam assédio moral contra os professores,
sobretudo neste momento de greve.
Entre as principais reivindicações (quadro), queremos
aumento real, além da reposição de nossas perdas salariais. Além disso, a
implantação da jornada do piso, contratação de temporários com os mesmos direitos dos docentes da categoria “F”, soluções para a violência nas escolas, para as
péssimas condições de trabalho, para a saúde dos professores. E não admitimos
a privatização do Hospital do Servidor e do IAMSPE.
Homologação do Parecer do CNE sobre a Lei do Piso
Em audiência com o Ministério da Educação (MEC), em 02 de
maio, a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, garantiu o
compromisso do próprio ministro, de, em no máximo 15 dias, homologar o parecer
do Conselho Nacional de Educação sobre a Lei do Piso, incluindo as
especificações sobre a constituição da jornada.
Fonte: CUT
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