Nada melhor do que comemorar o seu dia com muito agito, não
é mesmo? Pois aí está a dica deste blog para hoje! Parabéns, professores!
Chamada da página do evento no facebook:
AULA PÚBLICA - 15h, no Largo da Batata, com
Plínio de Arruda Sampaio
Marcia Tiburi (professora de filosofia/ Mackenzie)
Maurício Costa (Rede Emancipa)
Thiago Aguiar (Juntos)
Francisco Miraglia (USP)
Juliano Nik (professor rede pública estadual)
ATO - 17h, concentração no Largo da Batata
Outubro mostra com clareza a grande força que junho trouxe a luta da educação.
A greve dos professores do Rio de Janeiro que exige
dignidade para a carreira docente, autonomia para o trabalho do professor e
combate a falsa meritocracia na educação está se fortalecendo e conta com o
apoio geral da população, como mostrou o Ato Um Milhão Pela Educação. Tem apoio
também a ocupação da Câmara dos Vereadores pelos professores e por todo Brasil
é enorme a indignação contra a repressão brutal que o prefeito Eduardo Paes e o
governador Sérgio Cabral orquestraram contra os educadores mobilizados. Os
governantes negam-se repetidamente a negociar com os professores, aprovando
planos surdos às reivindicações.
Em São Paulo a situação do professor não é menos pior: no
começo do ano ocorreram greves da rede estadual e municipal e não houve nenhuma
reivindicação atendida plenamente. Pelo contrário: acordos para fim de greve
foram descumpridos pelo prefeito Fernando Haddad e Alckmin. Inúmeros
professores “categoria Ó” passam atualmente pelo constrangimento de não receber
seus salários por meses, como foi o caso do professor Juliano Nicklevicz,
apoiador da Rede Emancipa, que por não receber salário por mais de 4 meses
entrou em greve e foi demitido. Ora, quem não cumpriu o seu dever, o estado ou
o professor? A luta dos professores contra a precarização de sua carreira, por
melhores salários e condições de trabalho é uma necessidade da melhoria da
educação.
A educação faz luta também nas universidades estaduais
paulistas: no dia 01 de outubro vimos começar uma forte greve estudantil e
ocupação da reitoria na USP motivadas pela luta por democracia na universidade
e eleições diretas para reitor. Na Unicamp os estudantes também querem
democracia e não a presença da polícia militar no campus, e ocuparam da
reitoria. Meses antes a UNESP entrou em greve por melhores salários para os
funcionários, permanência estudantil para os estudantes e contra a falsa
política de inclusão chamada PIMESP, que o Emancipa combateu com afinco desde o
início do ano.
A Rede Emancipa de Cursinhos Populares e vários movimentos
sociais de educação e movimentos negros estão em luta pela aprovação da Lei de
Cotas nas Universidades Estaduais Paulistas e conseguiram em junho derrotar o
PIMESP, política racista de Alckmin que queria impor mais uma barreira aos
estudantes da escola pública e negros para ingresso nas universidades
públicas.
A nível nacional, há anos diferentes movimentos sociais
lutam por 10% do PIB para a educação pública, mas até hoje o governo Dilma não
o aprovou: seu governo é contra este aumento. Com demandas não atendidas, não à
toa caíram os índices de aprovação dos governos. Eles não representam os
interesses da população e mentem quando dizem priorizar a educação.
A Rede Emancipa apoia e está na luta com todos que defendem
a Educação. Queremos mais investimento, prioridade, qualidade, condições boas
de trabalho, autonomia para os professores, direito a voz para os estudantes e
funcionários!
Os levantes de junho deram uma lição imprescindível à nossa
geração: é lutando coletivamente que conquistamos nossos direitos. Agora é a
vez da educação!
No dia 15 de Outubro, dia do professor, façamos um Grande
Dia de Luta Nacional pela Educação, junto com os professores e professoras!
2 comentários:
Alguém sabe se foi filmada essa aula do Plínio?
obrigado
Infelizmente, só vi os vídeos dos manifestantes levando bomba de gás. Se conseguir encontrar algum registro dessa aula, posto aqui, ok? Abç!
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