15 de outubro de 2013

Dia de Luta Nacional pela Educação

Nada melhor do que comemorar o seu dia com muito agito, não é mesmo? Pois aí está a dica deste blog para hoje! Parabéns, professores!

Chamada da página do evento no facebook:

AULA PÚBLICA - 15h, no Largo da Batata, com
Plínio de Arruda Sampaio
Marcia Tiburi (professora de filosofia/ Mackenzie)
Maurício Costa (Rede Emancipa)
Thiago Aguiar (Juntos)
Francisco Miraglia (USP)
Juliano Nik (professor rede pública estadual)

ATO - 17h, concentração no Largo da Batata

Outubro mostra com clareza a grande força que junho trouxe a luta da educação.
A greve dos professores do Rio de Janeiro que exige dignidade para a carreira docente, autonomia para o trabalho do professor e combate a falsa meritocracia na educação está se fortalecendo e conta com o apoio geral da população, como mostrou o Ato Um Milhão Pela Educação. Tem apoio também a ocupação da Câmara dos Vereadores pelos professores e por todo Brasil é enorme a indignação contra a repressão brutal que o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral orquestraram contra os educadores mobilizados. Os governantes negam-se repetidamente a negociar com os professores, aprovando planos surdos às reivindicações. 
Em São Paulo a situação do professor não é menos pior: no começo do ano ocorreram greves da rede estadual e municipal e não houve nenhuma reivindicação atendida plenamente. Pelo contrário: acordos para fim de greve foram descumpridos pelo prefeito Fernando Haddad e Alckmin. Inúmeros professores “categoria Ó” passam atualmente pelo constrangimento de não receber seus salários por meses, como foi o caso do professor Juliano Nicklevicz, apoiador da Rede Emancipa, que por não receber salário por mais de 4 meses entrou em greve e foi demitido. Ora, quem não cumpriu o seu dever, o estado ou o professor? A luta dos professores contra a precarização de sua carreira, por melhores salários e condições de trabalho é uma necessidade da melhoria da educação. 
A educação faz luta também nas universidades estaduais paulistas: no dia 01 de outubro vimos começar uma forte greve estudantil e ocupação da reitoria na USP motivadas pela luta por democracia na universidade e eleições diretas para reitor. Na Unicamp os estudantes também querem democracia e não a presença da polícia militar no campus, e ocuparam da reitoria. Meses antes a UNESP entrou em greve por melhores salários para os funcionários, permanência estudantil para os estudantes e contra a falsa política de inclusão chamada PIMESP, que o Emancipa combateu com afinco desde o início do ano. 
A Rede Emancipa de Cursinhos Populares e vários movimentos sociais de educação e movimentos negros estão em luta pela aprovação da Lei de Cotas nas Universidades Estaduais Paulistas e conseguiram em junho derrotar o PIMESP, política racista de Alckmin que queria impor mais uma barreira aos estudantes da escola pública e negros para ingresso nas universidades públicas. 
A nível nacional, há anos diferentes movimentos sociais lutam por 10% do PIB para a educação pública, mas até hoje o governo Dilma não o aprovou: seu governo é contra este aumento. Com demandas não atendidas, não à toa caíram os índices de aprovação dos governos. Eles não representam os interesses da população e mentem quando dizem priorizar a educação. 
A Rede Emancipa apoia e está na luta com todos que defendem a Educação. Queremos mais investimento, prioridade, qualidade, condições boas de trabalho, autonomia para os professores, direito a voz para os estudantes e funcionários! 
Os levantes de junho deram uma lição imprescindível à nossa geração: é lutando coletivamente que conquistamos nossos direitos. Agora é a vez da educação! 

No dia 15 de Outubro, dia do professor, façamos um Grande Dia de Luta Nacional pela Educação, junto com os professores e professoras!


2 comentários:

Gustavo Simões disse...

Alguém sabe se foi filmada essa aula do Plínio?

obrigado

Mauro Bartolomeu disse...

Infelizmente, só vi os vídeos dos manifestantes levando bomba de gás. Se conseguir encontrar algum registro dessa aula, posto aqui, ok? Abç!