16 de maio de 2009

Revista Nova Ex-Cola




Dando continuidade aos gastos inúteis e exorbitantes do governo Zé Serrote (só para relembrar, os últimos comentados aqui foram o dos livros e “cadernos do aluno” e o da “provinha” dos professores temporários, a última novidade é um “investimento” de nada menos que R$ 3.740.000,00 destinados à Fundação Victor Civita (proprietária da Editora Abril) para a aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola, que passou a ser distribuída “gratuitamente” a todos os professores da rede estadual de ensino, cujos endereços pessoais foram entregues à referida Fundação sem autorização. Além disso, conforme denunciado na coluna do jornalista Luís Nassif de 28 de fevereiro, a negociata foi feita sem licitação. Ainda de acordo com a coluna do Nassif, agora do dia 28 de março, este contrato representa 25% da tiragem total da revista. Mas não é só isso. No ano passado, a Secretaria inventou uma disciplina inédita e aparentemente despropositada, cujo material didático foi produzido pela mesma editora, o que lhe rendeu 11,5 milhões de reais, um salto considerável, em vista dos 526 mil reais de 2007. Já a Fundação Roberto Marinho recebeu 60 milhões em 2007 e mais 30 milhões em 2008, segundo artigo de Thiago Domenici, publicado na Revista do Brasil, que explica também que a Lei de Licitações permite o fechamento de contratos sem concorrência em caso de “inviabilidade de competição”, especialmente em se tratando de “material de edição, distribuição e comercialização exclusiva”. Desse jeito fica fácil, né Zé? Difícil é explicar a razão de ter optado pela Nova Escola e não, por exemplo, pela Carta na Escola (publicação da Carta Capital). A Secretaria diz ter feito uma pesquisa em outubro do ano passado, na qual 70% dos professores teriam feito essa escolha. Mas eu não conheço ninguém que tenha participado dessa pesquisa, e você?

Charge de Arnaldo Martinez

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