29 de março de 2010
Confira os altos salários do professorado paulista
Segundo informações disseminadas ontem pela Apeoesp nos locais de maior concentração de professores (os locais de prova do concurso), o estado de São Paulo paga o 16º pior salário do país para o professor: R$ 7,58 por hora-aula (isso para o peb 2, para o peb 1 é de R$ 6,55). Circulou também um outro panfleto, assinado por um tal professor Flávio de Mello, com dados no mínimo curiosos. Lemos ali que desde de Julho de 1994 (Plano Real), o índice IGPM registrou uma inflação de 360%, enquanto o salário do professor aumentou míseros 87% (o do salário mínimo, no mesmo período, foi de 687%). O salário do professor com carga de 40 horas semanais equivalia então a R$ 800,00 - 4% de previdência (líquido de R$ 768,00). Hoje é de R$ 1500,00 - 11% de previdência (líquido de R$ 1335,00). Resta saber a razão dos 260 mil inscritos no concurso. Bem, se levarmos em conta que 48% dos professores do estado são temporários, isso já nos dá cerca de 100 mil profissionais lutando apenas para se efetivar (num concurso que só garante 10 mil vagas). Se mais uns 60 mil forem de professores já concursados tentando apenas ganhar alguns pontinhos de valor duvidoso, como é o meu caso, ainda nos resta um contingente de 100 mil desempregados com diploma de curso superior. Esse índice deve ser também um dos piores do país, mas Serra prefere atribuí-lo aos "altos salários" pagos ao professor.
Marcadores:
concurso,
igpm,
josé serra,
salário
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário