24 de abril de 2013

Apeoesp contesta governo do estado sobre greve dos professores estaduais



A Secretaria Estadual de Educação divulgou anteontem (22) nota que informava que apenas 0,7% dos professores não comparecem às escolas da rede estadual no primeiro dia de greve. Mas, segundo apuração junto aos comandos de greve das subsedes do sindicato, 25% dos professores estaduais aderiram à greve ontem, primeiro dia do movimento.
Para a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, a Secretaria de Educação “insiste em manipular dados para tentar diminuir o movimento”.
“Com este jogo de números, o governo tenta ludibriar a opinião pública, mas não vai adiantar”, afirmou Maria Izabel. A nota informava que a computação de dados sobre a adesão é feita em relação aos professores, e não aos prédios parados. “São eles que realizam a greve. Existem escolas cuja adesão ao movimento, se não chega a 100%, é superior a 70%, 80% do corpo docente”, frisou.
Na sexta-feira (26) haverá nova assembleia no vão livre do Masp, para que seja apreciada a continuidade da greve. A Apeoesp calcula que até lá, o índice de adesão chegue a 80%. A greve foi anunciada na última sexta (19). Entre as reivindicações da categoria estão o aumento salarial de 36,74% e a implementação de uma lei nacional, que prevê que 33% da jornada de trabalho dos professores seja destinada à preparação de aulas e à formação continuada.
Na última quarta-feira (17), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) mandou para a Assembleia Legislativa proposta de reajuste de 8,1% para 415 mil funcionários, entre ativos e aposentados. Outro projeto cria 818 novos postos para analistas administrativo e de tecnologia na rede de ensino do estado. Alckmin afirmou, no site do governo, que está "estabelecendo 45,1% (de aumento) acumulado, sendo mais de 13% em 2011 e em 2012 mais de 10%, agora vai dar 8,1%. Estamos procurando repor a inflação e dar ganho real, e estabelecemos um valor maior para os dirigentes".
A Apeoesp considera a proposta insuficiente, pois não cobriria as perdas e baixos salários. Além disso, descumpriria o artigo 5º da Lei Complementar 1.143/2011, que obriga o governo estadual a convocar as entidades do magistério para negociar a revisão da política salarial, anualmente. Esse dispositivo foi conquistado pela Apeoesp durante a tramitação da lei na Assembleia.

Fonte: CUT


Nenhum comentário: