Nenhuma novidade. A crise na Zona do Euro continua a mesma,
o resultado da Rio+20 foi basicamente o mesmo da Eco92, um presidente foi
deposto no Paraguai seguindo a tradição democrática tão bem consolidada na
América do Sul, e na realpolitik brasileña um ex-presidente, que
alguns anos atrás afirmara que no Brasil Jesus teria que fazer aliança com
Judas para governar, resolveu fazer aliança com o próprio capeta a fim de
tentar abocanhar a capital do tucanato paulista (apenas dou continuidade à
imagem utilizada pelo ex-presidente, sem nenhuma ofensa ao capeta, que é uma
das personagens mais simpáticas da mitologia cristã). A greve dos professores
das universidades federais também é exatamente a mesma que comemora hoje seus
cinquenta dias, e parece que ainda
vai longe. Não espanta que um
quarto dos concursos para docentes nas federais de São Paulo não tem aprovados (observe
o leitor, nesse ponto, que a grande mídia aproveita o ensejo para fazer um
comparativo salarial, com o pretexto de mostrar que os docentes federais
recebem menos que os estaduais, para fazer acreditar que o “salário inicial de
professor com doutorado em dedicação integral” gira em torno de 7 a 8 paus.
Claro que se “esquecem” de dizer que esse professor é exceção, já que a grande
maioria são professores substitutos ou assistentes. A grande mídia, portanto,
também continua exatamente a mesma).
Mas já que o papo é novidade, andam dizendo agora que a
Câmara aprovou
o Plano Nacional de Educação com destinação de 10% do Produto Interno Bruto para
a área. E logo esse que era, segundo nos informa a grande mídia, o “ponto mais
polêmico do plano”, não é que foi aprovado por unanimidade? Há mais mistérios
na realpolitik tupiniquim do que explica nossa grande mídia. Calma,
também não precisa torrar o seu salário do mês com tanto foguete (se é que é
isso que estão comemorando tanto essa semana), porque esse investimento tem o
prazo de dez anos para ser implementado. E como ele será “percebido” nos
ceboliths é coisa que só o tempo dirá… Portanto, vamos continuar aguardando as
novidades. Sentados, claro.
3 comentários:
O que se comemorou com tanto foguete nesta última semana não foi nenhum fato político, mas apenas o tão sonhado título corintiano da libertadores da américa. Vai, Curíntia!
Grato pelo esclarecimento, Anônimo! Sabe como é, sou um alienado em assuntos esportivos...
Melhor ser alienado em assuntos esportivos que em temas políticos. Quando se solta muito foguete, nunca suspeite de uma comemoração política, e sim esportiva, uma vez que o povo, este sim, é um analfabeto político. A não ser quando se trata de eleições municipais, quando a comitiva do candidato vencedor comemora com fogos de artifícios os resultados dos artifícios da campanha!
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